Tópicos abordados
Cap 4 - Os procedimentos habituais de avaliação, obstáculos à mudança das práticas pedagógicas.
- Os procedimentos habituais de avaliação:
- arguição oral, prova escrita.
- notas ou apreciações qualitativas
- média das notas ou das apreciações, perfil ou balanço qualquer.
- combinação de tudo para a decisão - Variantes:
notas cifradas, pesos, escala/significação, frequência de síntese. - Característica constante:
prova que evidencie a distribuição dos desempenhos - Normativa, comparativa - não são individualizadas
- Avaliação mais descritiva com critérios - formativa
- transformação das práticas de ensino em pedagogias mais abertas (aprender a aprender, a criar, a comunicar, entre outras) - Obstáculos à inovação pedagógica
- absorção da energia dos alunos e dos professores - não sobra tempo para inovar
- relação utilitarista com o saber (vai valer nota?)
- chantagem e relação de força - professor x aluno - impede a cooperação
- transposição didática conservadora (reprodução daquilo que foi dado)
- privilégio de atividades fechadas, estruturadas e desgastadas
- sistema clássico força professores a preferir conhecimentos isoláveis e cifráveis às competências de alto nível (raciocínio, comunicação)
- arbitrariedade da avaliação tradicional camuflado sob a aparência de exatidão.
O tempo que resta - Qual a identidade do professor?
Educador, professor, mas não avaliador. - O tempo dispendido no processo de avaliação é grande
- O investimento de tempo por parte dos alunos
- Sazonalidade da avaliação. Picos para avaliar. Picos para se dedicar à aprendizagem.
Alternância estresse X relaxamento - Avaliação formativa consome mesmo tempo, mas dá informações... alimenta a ação pedagógica.
Uma relação pervertida como saber - Por que na prática é o resultado que conta?
- Salvar as aparências - desempenho de um dia (o dia da prova)
- As estratégias - ofício do aluno (dar uma olhada na matéria, colar) -> forma pervertida
- O que o realismo dita?
- não aprender pelo prazer, não se interessar pela realidade, não questionar, não refletir, mas estar pronto no dia da prova decisiva. - A relação utilitarista com o saber.
- o aluno só investe tempo e esforço quando vale nota - Qual o ideal?
Interesse do aluno pelo saber por si só, pelo sentido que ele dá a realidade, pelo enriquecimento pessoal que propicia, pela movimentação ou satisfação da mente que favorece. - Avaliação formativa choca com o minimalismo e a relação utilistarista com a aprendizagem. Alunos realistas - investem naquilo que garante lucros tangíveis.
Trabalhar sob ameaça é aprender? - Nota - investimento no trabalho escolar
Resultado de pressão exercida ao longo de anos sobre o seu comportamento.
Como mudar isso? - Por trás das notas pais e professores evocam êxito ou fracasso no horizonte
- Sistema tradicional - relação de força + ou - explícita.
Contrato pedagógico conflitual
Trava "a evolução em direção às novas pedagogias, à escola ativa, à responsabilização do aluno por sua própria aprendizagem". - Avaliação formativa = transparência e colaboração
Avaliação certificativa = registro de competição e do conflito
Uma transposição didática conservadora - Transposição didática clássica - previsível - tempos delimitados de sensibilização, de explicação, de exercício e de controle.
- Os meios de ensino postos à disposição dos professores acentuam esse modo de agir.
- Preço alto -> dificulta a diferenciação do ensino
alunos = mesmo ritmo = apropriação deficiente - O que este tipo de transposição privilegia?
tempo de ensino e do professor X tempo da aprendizagem e do aprendiz - A abordagem construtivista e genética do desenvolvimento e dos conhecimentos indica que o saber não se constrói de forma linear, há antecipação, retrocesso, reconstrução e fase de latência.
O trabalho escolar, preparação à avaliação. - Avaliação como meio de verificar a situação do aluno
- Professor - como proceder para avaliar os conhecimentos? Ter clareza do que se quer.
- As angústias quando se trabalha com atividades amplas
(qual a natureza do funcionamento intelectual? como administrar o tempo? medo do desconhecido) - Como validar atividades abertas?
A obsessão da equidade formal desvia das aprendizagens de alto nível - O conflito da equidade?
- Como avaliar desempenhos individuais a partir de questões padronizadas e fechadas?
- Como avaliar produções qualitativamente? Como lidar com o risco da arbitrariedade?
- "No conjunto dos saberes e das competências valorizados pelos planos de estudos, a avaliação tradicional delimita um subconjunto bastate restritivo e relativamente conservador em relação às novas tendências dos programas, que acentuam cada vez mais a transferência de conhecimentos e a formação de competências de alto nível taxonômico".
- Raciocínio, imaginação, cooperação, comunicação e senso crítico.
- Qual o problema da escola?
Atuar na escolha das atividades e na ponderação das exigências
Uma arbitrariedade pouco favorável ao trabalho em equipe pedagógica - O sistema não esclarece. Dá ao professor liberdade que pode ser interpretada de forma errada.
- Como se julga a coerência da equipe pedagógica?
Mudar a avaliação para mudar a pedagogia? - Como favorecer inovações na avaliação?
- Quais as condições de mudança com vistas à inovação?
- Na reforma e na estratégia de inovação
Levar em conta o sistema e as práticas de avaliação, refletir e modificar para permitir a mudança. - A avaliação baseada em objetivos e critérios de domínio será favorável à pedagogia de projetos e situações abertas e diferenciadas do ensino.
- Avaliação formativa = menos classificação, mais regulação das aprendizagens, integra-se melhor às didáticas inovadoras.
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