domingo, 9 de maio de 2010

Cap 4 - Os procedimentos habituais de avaliação, obstáculos à mudança das práticas pedagógicas - Perrenoud

Questionamentos, provocações para refletir.

Tópicos abordados
Cap 4 - Os procedimentos habituais de avaliação, obstáculos à mudança das práticas pedagógicas.
  1. Os procedimentos habituais de avaliação:
    - arguição oral, prova escrita.
    - notas ou apreciações qualitativas
    - média das notas ou das apreciações, perfil ou balanço qualquer.
    - combinação de tudo para a decisão
  2. Variantes:
    notas cifradas, pesos, escala/significação, frequência de síntese.
  3. Característica constante:
    prova que evidencie a distribuição dos desempenhos
  4. Normativa, comparativa - não são individualizadas
  5. Avaliação mais descritiva com critérios - formativa
    - transformação das práticas de ensino em pedagogias mais abertas (aprender a aprender, a criar, a comunicar, entre outras)
  6. Obstáculos à inovação pedagógica
    - absorção da energia dos alunos e dos professores - não sobra tempo para inovar
    - relação utilitarista com o saber (vai valer nota?)
    - chantagem e relação de força - professor x aluno - impede a cooperação
    - transposição didática conservadora (reprodução daquilo que foi dado)
    - privilégio de atividades fechadas, estruturadas e desgastadas
    - sistema clássico força professores a preferir conhecimentos isoláveis e cifráveis às competências de alto nível (raciocínio, comunicação)
    - arbitrariedade da avaliação tradicional camuflado sob a aparência de exatidão.

    O tempo que resta
  7. Qual a identidade do professor?
    Educador, professor, mas não avaliador.
  8. O tempo dispendido no processo de avaliação é grande
  9. O investimento de tempo por parte dos alunos
  10. Sazonalidade da avaliação. Picos para avaliar. Picos para se dedicar à aprendizagem.
    Alternância estresse X relaxamento
  11. Avaliação formativa consome mesmo tempo, mas dá informações... alimenta a ação pedagógica.

    Uma relação pervertida como saber
  12. Por que na prática é o resultado que conta?
  13. Salvar as aparências - desempenho de um dia (o dia da prova)
  14. As estratégias - ofício do aluno (dar uma olhada na matéria, colar) -> forma pervertida
  15. O que o realismo dita?
    - não aprender pelo prazer, não se interessar pela realidade, não questionar, não refletir, mas estar pronto no dia da prova decisiva.
  16. A relação utilitarista com o saber.
    - o aluno só investe tempo e esforço quando vale nota
  17. Qual o ideal?
    Interesse do aluno pelo saber por si só, pelo sentido que ele dá a realidade, pelo enriquecimento pessoal que propicia, pela movimentação ou satisfação da mente que favorece.
  18. Avaliação formativa choca com o minimalismo e a relação utilistarista com a aprendizagem. Alunos realistas - investem naquilo que garante lucros tangíveis.

    Trabalhar sob ameaça é aprender?
  19. Nota - investimento no trabalho escolar
    Resultado de pressão exercida ao longo de anos sobre o seu comportamento.
    Como mudar isso?
  20. Por trás das notas pais e professores evocam êxito ou fracasso no horizonte
  21. Sistema tradicional - relação de força + ou - explícita.
    Contrato pedagógico conflitual
    Trava "a evolução em direção às novas pedagogias, à escola ativa, à responsabilização do aluno por sua própria aprendizagem".
  22. Avaliação formativa = transparência e colaboração
    Avaliação certificativa = registro de competição e do conflito

    Uma transposição didática conservadora
  23. Transposição didática clássica - previsível - tempos delimitados de sensibilização, de explicação, de exercício e de controle.
  24. Os meios de ensino postos à disposição dos professores acentuam esse modo de agir.
  25. Preço alto -> dificulta a diferenciação do ensino
    alunos = mesmo ritmo = apropriação deficiente
  26. O que este tipo de transposição privilegia?
    tempo de ensino e do professor X tempo da aprendizagem e do aprendiz
  27. A abordagem construtivista e genética do desenvolvimento e dos conhecimentos indica que o saber não se constrói de forma linear, há antecipação, retrocesso, reconstrução e fase de latência.

    O trabalho escolar, preparação à avaliação.
  28. Avaliação como meio de verificar a situação do aluno
  29. Professor - como proceder para avaliar os conhecimentos? Ter clareza do que se quer.
  30. As angústias quando se trabalha com atividades amplas
    (qual a natureza do funcionamento intelectual? como administrar o tempo? medo do desconhecido)
  31. Como validar atividades abertas?

    A obsessão da equidade formal desvia das aprendizagens de alto nível
  32. O conflito da equidade?
  33. Como avaliar desempenhos individuais a partir de questões padronizadas e fechadas?
  34. Como avaliar produções qualitativamente? Como lidar com o risco da arbitrariedade?
  35. "No conjunto dos saberes e das competências valorizados pelos planos de estudos, a avaliação tradicional delimita um subconjunto bastate restritivo e relativamente conservador em relação às novas tendências dos programas, que acentuam cada vez mais a transferência de conhecimentos e a formação de competências de alto nível taxonômico".
  36. Raciocínio, imaginação, cooperação, comunicação e senso crítico.
  37. Qual o problema da escola?
    Atuar na escolha das atividades e na ponderação das exigências

    Uma arbitrariedade pouco favorável ao trabalho em equipe pedagógica
  38. O sistema não esclarece. Dá ao professor liberdade que pode ser interpretada de forma errada.
  39. Como se julga a coerência da equipe pedagógica?

    Mudar a avaliação para mudar a pedagogia?
  40. Como favorecer inovações na avaliação?
  41. Quais as condições de mudança com vistas à inovação?
  42. Na reforma e na estratégia de inovação
    Levar em conta o sistema e as práticas de avaliação, refletir e modificar para permitir a mudança.
  43. A avaliação baseada em objetivos e critérios de domínio será favorável à pedagogia de projetos e situações abertas e diferenciadas do ensino.
  44. Avaliação formativa = menos classificação, mais regulação das aprendizagens, integra-se melhor às didáticas inovadoras.

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