quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Resumo: Enfoques sobre el .... representación de estereotipos (Robyn Quin)

Enfoques sobre el estúdio de los medios de comunicación: La enseñanza de los temas de representación de estereotipos

Robyn Quin [1]

A autora discute o tema da representação nos meios de comunicação. Parte da idéia de que os meios não ensinam nem podem mostrar o mundo como ele é, mas sim, mostrar uma representação dele.

Para a compreensão da representação é necessário entender alguns conceitos:

  1. o da própria representação e o processo de seleção do que se deve representar;
  2. o que faz com que uma representação caracterize um grupo, algo que seja marcante ou típico. Isso adentra na criação de estereótipos com significados políticos e sociais importantes para muitos desses grupos;
  3. o sentido da palavra representação quando assume o papel de falar por um grupo. Será que a imagem apresentada é a mesma que o grupo elegeu? O assunto torna-se mais complexo quando se fala de grupos minoritários ou de imagens que não são comerciais;
  4. a interpretação do espectador, pois diante das diferenças culturais e sociais podem gerar diferentes conotações.

Na perspectiva do trabalho, um estereótipo é uma representação repetida com freqüência que converte algo complexo em algo simples. Trata-se de um processo reducionista que causa distorção. As razões de sua seleção, categorização e generalização dão ênfase a alguns atributos em detrimento de outros.

Nos meios de comunicação os estereótipos que aparecem vem da interpretação social de um grupo. Em geral, essas interpretações são negativas. Cabe ao educador o papel de tentar superar as noções simplistas dos estereótipos para que os alunos entendam como eles funcionam, sua organização e maneiras de ver o mundo. Dessa forma poderão superar a idéia reducionista que os meios de informação suscitam.


Comentário sobre o texto:
O texto da professora Robyn Quin fez com que eu pensasse sobre os estereótipos que aceitei sem a devida reflexão. A vida me deu algumas lições sobre esse tema. Há dois anos, no papel de coordenadora de curso de EAD, quase rejeitei a matrícula de uma aluna porque ela era de um assentamento. As minhas razões não eram de ordem econômica ou preconceituosa, mas imaginei diante da minha ignorância que ela não teria condições de dar continuidade. Na minha mente gravei erroneamente a imagem de que um assentamento era um lugar desprovido de possibilidades. A partir de uma conversa com ela e de conhecer mais sobre o seu modo de vida, vi que existiam alternativas: ela realizava as atividades utilizando um telecentro para interagir no ambiente virtual com os colegas do curso.

Segundo o artigo, o que fiz foi aceitar de maneira passiva o que os meios de comunicação me passavam. Criei um estereótipo de que o assentamento é um lugar de desordem, sem recursos e sem possibilidades. Só após o encontro com essa candidata é que tive a oportunidade de rever meus conceitos. Apesar de me considerar uma pessoa que não aceita facilmente o que as mídias divulgam, cometi esse deslize de ser passiva nessa situação.

[1] Robyn Quin é professora de Meios de Comunicação na Universidade Edith Cowan - Austrália. Suas pesquisas estão voltadas para o uso das novas mídias pelo público jovem.Fonte: Sitehttp://www.onlineopinion.com.au/author.asp?id=2858. Acesso: 16/9/07

Nenhum comentário: